BOM GOURMET / GAZETA DO POVO
VALE A PENA CHEGAR ATÉ LÁ !!
REPORTAGEM 07/08/1998
Muito mais que uma cantina, no Mangiatto Bene você conhece toda a família !
Toalhas de rendão branco, cadeiras com acento em palha. Pilão de num canto. Cristaleira com bebilôs. Ninho de João de Barro. Peças decorativas em prata. Nas paredes de tudo um pouco. Gaiolas de pássaro, pôsteres de algumas regiões da Itália, painel com fotos da clientela, espingarda antiga, casco de tartaruga gigante, concha de mar, moinho de café servindo de vaso para violetas artificiais, vasos de xaxim com samambaias. É preciso dizer a palavra ¨cantina¨? Não, pois no Mangiatto Bene vamos encontrar massas deliciosas, um marreco recheado e uma paleta de carneiro ao forno que pode-se qualificar de ímperdível. E tudo numa genuína cozinha caseira, com veradeira atmosfera de bairro.
Agora está fácil encontrar o restaurante - que fica quase no final da Rua Nilo Peçanha, 3751 -, graças ao exelente trabalho que a prefeitura realizou em todo o prolongamento desta artéria. Assim a clientela não vai furar pneu ou quebrar a mola do carro para chegar até lá. Afinal a comida é boa, sem pretensão, e com preço exelente pela quantidade das porções.
O cárdapio traz apenas massas e carnes, entre estas o marreco e a paleta de carneiro ao forno. Este último feito a base de vinho branco, cebola, salsinha, cebolinha verde, foundor e açafrão, e é o carro chefe da casa.
¨O frêgues pagou e o que sobrou é dele¨ diz com jeito simpático e bonachão. Simão é bastante conhecido dos gourmands porque durante 23 anos foi garçon do tradicional restaurante Bologna.
O mangiatto Bene é daqueles lugars que você vai para comer e depois fica jogando conversa fora. Não da vontade de ir embora. Por isso vá sem pressa e como de entrada não deixe de provar o carpaccio que, torna-se no mínimo uma refeição.
Quem não conhece a cantina pode facilmente virar freguês, voltando sempre para voltar o caseiro marreco recheado, ou o talharim com molho fungui, uma invenção do Simão, que juntamente com a esposa Marilda e os filhos Marcia, Cristiano e Nelito Junior e a nora Cristiane administra a cantina bem no estílo família.
As massas são muito leves. Simão conta o segredo está no trigo e nos ovos caipira. O rondelli com brócoli, por exemplo, é de um sabor inigualável, assim como o talharim na manteiga com molho ao fungui e creme de leite. As massas custam R$ 8.00, todas são ótimas e podem ser divididas. A carta de vinhos oferece alguns, realmente, com bons preços. São vinhos italianos, chilenos e argentinos, além dos nacionais. A casa não os serve em taças, mas quase todos têm em meia garrafa. Aliás, vinho em taça somente um vinho criolo que Simão traz de Nova Trento, mas é para seua reserva particular. Se o freguês insiste ... consegue.
Além de cuidar do salão, algumas vezes Simão também vai para a cozinha, para um toque final. Atento procura agradar e sempre tem uma palavrinha para o cliente. A casa é pequena e muitas vezes, dependendo do movimento, jogar conversa fora com o proprietário é permetido.
Serviço: Mangiatto Bene - Rua: Nilo Peçanha, 3751, Tel: 3252-9287.
Abre de 3* à 6* para jantar, aos sábados e domingos também com almoço.
Capacidade para 50 pessoas. Recomenda-se reservas.
Qualquer dos pratos também pode ser encomendado por telefone, mas o cliente retira no restaurante.
Marian Guimarães - colunista
Atualmente o Mangiatto bene esta localizado na Rua: João Gava, 545
à 200 mts da Ópera de Arame
A RECEITA DO ACONCHEGO
REPORTAGEM 12/09/2003
Massas e ovos caipiras são destaque no cardápio Mangiatto Bene
Quem procurar um marreco recheado ou uma vitela de carneiro assada deve reservar mesa no Ristorante Mangiatto Bene, que fica no caminho da Ópera de Arame - Rua: João Gava,545. A casa é comandada pelo ex-garçon Nelito Simão (durante anos ele trabalhou no restaurante bologna e há nove anos construiu o Mangiatto) e sua esposa Marilda, responsável pela cozinha e pelo delicioso talharim feito com ovos caipira, iguaria que acompanha todos os pratos à base de carne.
E é com a chegada dos pratos à mesa que as cores e os aromas, escolhidos com o esmero pela chefe de cozinha, passam a ser desvendados pelo cliente. O marreco recheado, custa R$ 22.00 e serve duas pessoas, vem acompanhado pelo talharim na manteiga. Uma combinação perfeita. Pode ser um dos prato chefe da casa.
O talharim caseiro também acompanha a vitela de carneiro, que custa R$ 25.00 e serve duas pessoas, e a paleta, que custa R$ 46.00 e serve três pessoas. ¨Aqui não se faz economia nas porções¨, diz o proprietário da casa, um entusiasmo pelo que faz.
O cardápio é extenso. As massas são predominantes. Servidas individualmente, lá estão lasanha a quatro queijos, nhoque, caneloni, ravióli ao fungui, lasanha de ricota, torteloni, entre outras. As porções são generosas, assim como o preço, que é de apenas R$ 14.00.
Com capacidade para 50 pessoas no salão principal e mais 30 no salão anexo - que lembra um paiol -, o clima do Mangiatto é bastante informal. A decoração é feita com uma série de objetos que são do samburá que serve para a pesca até gravuras de algumas paret do mundo. O atendimento é feito pelo próprio Simão e pelos filhos.
A carta de vinhos oferece aos fregueses uma oportunidade de experimentar vinhos italianos, portugueses, argentinos e nacionais; o vinho colonial esta entre as sugestões da casa.
Marian Guimarães - colunista
O INFORMAL E GOSTOSO SABOR DA RECEITA DA ¨NONNA¨
REPORTAGEM 08/07/2005
A decoração é simples e o cardápio é recheado de massas caseiras.
Depois de trabalhar durante 27 anos como garçon no restaurante bologna, Nelito Simão resolveu abrir seu próprio empreendimento. Em companhia de sua esposa Marilda e dos filhos Marcia, Cristiano e Junior, surgiu o Mangiatto Bene. Uma cantina informail, com uma decoração simples e um cadápio recheado de massas caseiras. Os pratos não são nada enfeitados, mas nem precisam. O importante é que são saborosos, que o preço é honesto e que tudo vem acompanhado de um agradavél sorriso. Tudo aquié uma grande família, diz o despachado Simão, como ele é conhecido pelos clientes. E acrescenta, um casal aqui, dependendo da bebida, não gasta R$ 100.00.
Aos poucos, antigos freguesesdo ex-garçon foram tomando conhecimento se sua nova casa. Foi assim que dos 54 lugares, Simão teve que fazer mais um espaço. O novo salão abriga 70 pessoas, que aos domingos fica totalmente alvoroçado pelas famílias curitibanas. Esse também é o espaço no qual são realizados eventos, desde que ocorra reserva antecipada, explica Cristiano, que hoje ajuda o pai na administração do Mangiatto.
A proposta do Mangiatto Bene se reflete num cardápio sucinto com massas e filéts. Os pratos, servidos com fartura (todos para duas pessoas) e, sem complicação, chegam a mesa na temperatura correta. Qualquer uma das sugestões de filét custam R$ 28.00. Entre os filéts, o mais solicitado é com molho steak poivre; entre as massas, é o tortelloni com recheio de ricota, uma receita da ¨nonna¨, diz Cristiano, lembrando a salada ao fungui é especialidade da casa, feita com alface americana, queijo parmesão, gorgonzola e fungui.
Outra opção é a paleta de carneiro (inteira) que custa R$ 60.00, serve três pessoas dependendo do apetite, uma vez que todos os pratos vêm acompanhados pelo talharim na manteiga. Ou, ainda, delie-se do filét parmegiana. Prato substancioso também é o brodo de capeletti. Com a temperatura de apenas um dígito. essa é uma opção para o jantar.
Às quintas feiras, o Simão tem mais duas opções no cardápio: perdiz e codorna recheada.
Quanto aos antepastos, dois merecem destaque: berinjela ao vinagre e oliva, e o de tomate seco. Cada um deles custa R$ 4,50 e as receitas são exclusivas.
Enquanto isso, a maneira de tratar os vinhos combina com o jeitão simples do restaurante. Logo na entrada tem uma mesa com algumas garrafas deitadinhas. São rótulos argentinos e espanhóis em promoção por R$ 19,90. Mas há também uma carta. Não é extensa, porém contempla italianos, australianos, franceses, portugueses, argentinos e chilenos.
Há 11 anos quem colocava, literalmente a mão na massa era Marilda, agora recebe o apoio da filha Marcia e da nora Cristiane. Simão é o eterno relações-públicas.
Marian Guimarães - colunista
ITÁLIANO TÍPICO, MAS COM AROMA ALEMÃO
REPORTAGEM 03/04/2008
Nelito Simão, catarinense de Indaial, começou sua trajetória como empresário/cozinheiro depois de trabalhar durante 20 anos como garçom no restaurante Bologna, de Curitiba.
Hoje, os filhos Cristiano e Márcia (que fez o curso de chefe de cozinha do Centro Europeu) também estão no dia-a-dia do restaurante, localizado no Pilarzinho. Márcia está na cozinha com a mãe, e Cristiano ajuda o pai, que agora fica mais no salão.
Marreco recheado, paleta de carneiro, perdiz recheada, carne de panela, salada de funghi e massas frescas são algumas das sugestões do cardápio do Ristorante Mangiatto Bene.
A proposta do Mangiatto Bene se reflete num cardápio sucinto, principalmente, de massas caseiras. Talharim, lasanha, nhoque, tortelloni, ravióli, capeletti, brodo e rótulo (semelhante a uma lasanha, mas enrolado como um rocambole), são servidos com uma variedade de molhos (à bolonhesa, ao sugo, alla carbonara, ao funghi, gorgonzola, na manteiga, quatro queijos, pana com presunto, alho e óleo) que ficam à escolha do cliente.
A comida preserva sabores caseiros, sem grandes firulas, mas de indiscutível autenticidade, como a excelente carne de panela que nos remete aos tempos de infância, com aquele molho grosso e aromático.“Todos os pratos são para duas pessoas. Mas também podemos fazer em meia-porção”, diz Simão, num misto de alegria, orgulhoso do seu empreeendimento, instalado numa bonita área verde que tem, inclusive, uma mina d’água, na qual a clientela pode encher garrafão de 20 litros para levar para casa, “desde que traga o garrafão”, acrescenta.
Cardápio
O cardápio é enxuto, apresenta massas, carnes e aves. O grande destaque é o marreco recheado (R$ 64), feito à moda alemã, cuja receita do recheio é tradicional da famíla Simão. Hoje, a chefe Márcia é quem preserva a tradição. Conta que o recheio é feito à base de carne de porco, com os miúdos do marreco e temperos aromáticos. Depois vem um largo sorriso. Ou seja, tem mais coisas que não se pode dizer. O marreco inteiro é para 4 pessoas, mas também há opção de metade. Acompanha repolho roxo e talharim na manteiga.
As sugestões de filés custam cerca de R$ 39, e as massas não ultrapassam a R$ 21. Entre os filés, o mais solicitado é ao molho poivre; nas massas, é o tortelloni com recheio de ricota. Farta também é a salada ao funghi, com alface, queijo parmesão e queijo gorgonzola – R$ 9. Serve até três pessoas.
Quanto aos antepastos, merece destaque o de berinjela ao vinagre e óleo de oliva, com salame italiano, queijo parmesão, ovos de codorna e de tomate seco – R$ 12.
Na sobremesa, imperdível é a banana flambada no conhaque, à qual também é adicionado o licor espanhol 43. Outra boa pedida é o doce de abóbora em cubos, que vem à mesa com sorvete de creme – R$ 6.
Na carta de vinhos, há pouco mais de 60 rótulos de vinícolas italianas, chilenas, argentinas, espanholas, francesas, portuguesas e nacionais. Os vinhos estão expostos em simpáticas prateleiras presas à parede.
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Serviço
Mangiatto Bene - Rua João Gava, 545 (rua da Ópera de Arame). Abre de terça-feira a sábado, para almoço e jantar; domingo, somente almoço. Tem estacionamento. Informações e reservas pelo fone (41) 3252-9287